Uma opção para a qualidade
Autor: MUSAMI / 21 de Fevereiro de 2017
Uma opção pela qualidade
Recentemente foi publicado pela APA (Agencia Portuguesa para o Ambiente) o RARU 2015 que é o relatório anual dos resíduos urbanos.
Neste relatório constata-se o seguinte relativamente ao desempenho dos sistemas de TM (tratamento mecânico) e TMB (tratamento mecânico e biológico):
TM
TMB
Face a estes resultados oficiais passamos a ter uma imagem mais adequada da realidade do desempenho das soluções TM e TMB.
Agora vejamos os resultados atuais da Musami (2016)
Verifica-se que só com as recolhas seletivas estamos a recuperar mais material do que os sistemas com TM e TMB continentais. Acresce que este material tem elevada qualidade e portanto mais valor.
Por exemplo o composto feito a partir da recolha indiferenciada não poderá no futuro ser utilizado na agricultura por motivos de prevenção de saúde pública. Está em preparação uma diretiva comunitária sobre este tema.
Em contrapartida o composto produzido a partir de recolhas seletivas é um excelente produto aceite em toda a europa podendo aceder à certificação UE.
Mas curiosamente a recuperação de material orgânico para a produção de composto por recolha seletiva na ilha de são miguel também é superior à que é valorizada pelos TMB e pelas CVO (centrais de valorização orgânica).
Por outro lado refira-se que grande parte da produção de CDR – Combustível derivado dos resíduos tem sido encaminhada para aterro por falta de qualidade para ser utilizada como combustível na fabricação de cimento. Note-se que mesmo que fosse seria queimada na mesma mas em instalações com menor proteção ambiental.
Esta é uma constatação da visão dos municípios da Ilha de São Miguel que é de manter separado o s resíduos produzidos e encaminhá-los para valorização em vez de misturar tudo para depois tentar separar frações certamente contaminadas.